
Mauricio Mercadant / FLICKR | Vengolis / Wikimedia CommonsPau-terra (acima), amarelinho (à esq.) e chanana (ao lado) alimentam formigas, que afastam insetos devoradores de folhasMauricio Mercadant / FLICKR | Vengolis / Wikimedia Commons
O pau-terra (Qualea grandiflora), o amarelinho (Plathymenia reticulata) e um arbusto conhecido como chanana (Turnera subulata) se destacaram em um levantamento nacional sobre os chamados nectários extraflorais, glândulas que produzem néctar em folhas, frutos ou bases de flores e alimentam insetos, principalmente formigas. Essas três espécies produzem bastante néctar fora das flores, conectam diferentes biomas e aumentam a integração das comunidades de plantas. Biólogos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, campus de Urutaí, e da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, identificaram 249 espécies de 47 famílias botânicas com nectários extraflorais no Cerrado (92 espécies), Amazônia (82), Caatinga (39), Mata Atlântica (34) e Pampa (2); apenas 13 espécies foram observadas em mais de um bioma. As pequenas bolsas de néctar atraem insetos, como as formigas, que, por sua vez, combatem diversos herbívoros que poderiam se alimentar não somente das folhas, mas também de várias partes das plantas. “Essa pesquisa coloca o Brasil como um dos países com maior biodiversidade de plantas com nectários extraflorais do mundo e abre várias possibilidades para entendermos a evolução e as relações entre espécies de plantas e insetos”, comenta Estevão Alves da Silva, do Instituto Goiano, um dos autores do trabalho (Flora, fevereiro).
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