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Boas práticas

NIH exigirão plano de gestão e compartilhamento de dados a partir de 2023

Objetivo é aumentar a transparência das informações e permitir que elas sejam reaproveitadas e confirmadas por outros cientistas

Pesquisadoras da Universidade do Norte do Arizona receberam financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde

Northern Arizona University

A partir de janeiro de 2023, as instituições e cientistas que pleitearem recursos dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), principal agência de apoio à pesquisa biomédica dos Estados Unidos, deverão anexar à proposta um plano de gestão e compartilhamento dos dados de suas investigações. O objetivo é aumentar a transparência das informações obtidas durante as pesquisas e permitir que elas possam ser reaproveitadas e confirmadas por outros cientistas. A estratégia também visa ampliar a confiabilidade do trabalho científico e evitar desperdício de recursos.

“Queremos garantir que o dinheiro público seja investido corretamente e promover mais transparência e responsabilidade na pesquisa”, disse à revista Nature Lyric Jorgenson, diretora associada de política científica dos NIH. A nova diretriz estabelece que os planos de gestão e compartilhamento de dados deverão detalhar os softwares ou ferramentas necessárias para análise das informações produzidas, quando e onde os dados brutos serão publicados e como outros pesquisadores podem acessá-los e compartilhá-los – a exceção vale apenas para casos de restrições éticas, de privacidade ou propriedade intelectual.

Quando o projeto for concluído ou sua concessão expirar, os NIH revisarão o plano inicial para verificar se os pesquisadores o seguiram corretamente. A demanda dos NIH vem na esteira de iniciativas promovidas em vários países. Em outubro de 2017, a FAPESP começou a exigir que os pesquisadores anexassem aos seus pedidos de financiamento um plano de gestão de dados científicos, desde a coleta até a plataforma onde eles seriam disponibilizados (ver Pesquisa FAPESP nº 260).

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