A vida é difícil para aves em florestas fragmentadas. Um grupo liderado por Patrick Weatherhead, da Universidade de Illinois, Estados Unidos, fixou transmissores de rádio em 12 cobras-pretas (Elaphe obsoleta) e 12 corredoras-azuis (Coluber constrictor) e monitorou ninhos de aves para detectar sumiço de ovos. Os níveis de atividade da primeira cobra, responsável por 36% dos casos documentados de predação, se revelou um indício do risco para as aves, independentemente da localização dos ninhos. Por terem mais fronteiras entre floresta e zonas desmatadas (as bordas, mais ensolaradas), as ilhas de florestas abrigam mais cobras e se tornam por isso menos propícias para as aves, segundo artigo na Ecological Applications. “É possível que os resultados sejam válidos para outras florestas além da que estudamos em Illinois, no sentido de que as bordas poderiam afetar a ecologia dos predadores de ninhos de forma a alterar as taxas de predação”, comenta Weatherhead. “Se as mudanças seriam as mesmas, é difícil prever.”
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