
Entre as diretrizes apresentadas pelo Cope – que atualmente conta com mais de 7.600 membros de 80 países, incluindo representantes de grandes editoras, como Elsevier, Springer e Wiley-Blackwell – está a de que as publicações devem assegurar que seus revisores trabalhem de forma construtiva, respeitando a confidencialidade e evitando conflitos de interesses. O comitê também destaca a proibição de usar informações obtidas durante a revisão para benefício próprio ou de terceiros, ou como forma de desacreditar o autor do paper.
Em nota, a coordenadora do projeto, a bióloga e editora-chefe do boletim trimestral do comitê, Irene Hames, disse que embora hoje sejam publicados cerca de 1,8 milhão de artigos por ano, em aproximadamente 28 mil publicações acadêmicas, “os revisores muitas vezes não contam com um guia de boas práticas para a revisão, distanciando-os de suas obrigações éticas”.
Para cada etapa do processo o guia fixa diretrizes específicas. Por exemplo, antes de começar a revisão o pesquisador deve declarar quaisquer interesses potencialmente conflitantes ou concorrentes (pessoais, financeiros, profissionais, políticos ou religiosos) que possam interferir em seu trabalho. Caso isso ocorra, o revisor precisa avisar o editor. Uma das recomendações diz que o revisor não pode envolver subalternos durante o trabalho, incluindo pesquisadores em início de carreira, sem antes obter uma permissão do periódico.
Os nomes daqueles que ajudarem no processo devem ser incluídos na resposta ao autor, para que recebam o devido crédito. Já na etapa de preparação do relatório, a revisão deve privilegiar sugestões para que o manuscrito seja melhorado, evitando sempre comentários pessoais e acusações.
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