Um recorde no mundo da matemática: o norte-americano Josh Findley descobriu o maior número primo conhecido, com 7 milhões de dígitos. Seu computador Pentium de 2,4 gigahertz ficou 14 dias analisando o número, checado depois na França e no Canadá (New Scientist, 4 de junho).
Além de curiosos, os números primos – números inteiros que só podem ser divididos por si mesmos e por 1 – são importantes para a criptografia, a linguagem cifrada que garante a segurança de dados confidenciais que precisam ser expostos virtualmente, como senhas de cartões bancários e de cartões de crédito. Quanto maiores os fatores primos de um número muito grande, maior a dificuldade em decifrá-lo.
Findley, um dos 200 mil donos de PCs que dedicam o tempo livre de suas máquinas à procura de números primos, participa do projeto Grande Busca da Internet por Primos de Mersenne, assim chamados em homenagem ao monge francês que os descobriu, no século 17.
Os Primos de Mersenne seguem a fórmula 2P -1, em que P também é um número primo. O novo número é o 41º primo de Mersenne e é representado por 224,036,583 -1. O feito vai estimular a competição: o grupo norte-americano Electronic Foundation anunciou um prêmio de US$ 100 mil para quem encontrar o primeiro número primo com mais de 10 milhões de dígitos.
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