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engenharia

O celular e a saúde das pontes

Ponte Golden Gate, que conecta a cidade de São Francisco ao condado de Marin, na Califórnia

Wikimedia Commons

Um novo método de análise de riscos promete adicionar 15 anos à vida útil de pontes recém-construídas, o que representaria um ganho de 30% em sua durabilidade. O grupo do engenheiro Thomas Matarazzo, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, em parceria com pesquisadores da Itália, usou dados do smartphone de passageiros que trafegam sobre pontes para estimar a saúde estrutural dessas construções. A medição mais importante é feita pelo acelerômetro, dispositivo embarcado nos celulares que consegue detectar vibrações. Certas frequências de vibração provocadas pela passagem de veículos, com o tempo, causam desgaste de material e criam rachaduras. A informação pode indicar a necessidade de manutenção preventiva, o que aumenta a vida útil da ponte. Matarazzo e seus colaboradores colocaram a técnica à prova na ponte Golden Gate, em São Francisco, Estados Unidos. Voluntários realizaram 72 viagens de Uber com o GPS ligado. Ao todo, 19 modelos de smartphone foram testados. O processo foi repetido em uma ponte de concreto na Região Metropolitana de Roma, na Itália (Communications Engineering, 3 de novembro). A técnica mostrou potencial para estender em 15% o tempo de serviço de uma ponte de 43 anos e diminuir a demanda por sensores caros e visitas presenciais de engenheiros.

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