Pesquisadores europeus descobriram detalhes importantes a respeito do mecanismo de transmissão da leishmaniose cutânea, uma das formas de uma das mais sérias doenças tropicais do planeta. Em um estudo publicado na Nature e divulgado pelo London Press Service, uma equipe da Universidade de Liverpool, Inglaterra, em conjunto com a Universidade de Dundee, Escócia, e o Instituto Max Planck de Biologia, Alemanha, demonstrou que o protozoário Leishmania mexicana produz uma substância similar a um gel que o acompanha quando ele passa do inseto Lutzomyia longipalpis para os seres humanos e outros animais.
O principal componente desse gel, o proteofosfoglicano filamentoso (fPPG), faz com que o inseto não seja capaz de se nutrir adequadamente do sangue de uma única vítima e procure outras, favorecendo assim a transmissão do parasita. Esse trabalho abre a perspectiva de conter a transmissão da leishmaniose por meio de medicamentos que bloqueiem a ação desse gel.
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