Um grupo de pesquisadores foi recebido em audiência no dia 13 de dezembro pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie. Liderado pelo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antonio Raupp, e pela pró-reitora de Pesquisa da USP, Mayana Zatz, o grupo obteve a promessa de que a Ação Direta de Inconstitucionalidade movida contra a lei brasileira de biossegurança será julgada logo depois das férias do Judiciário. A lei, que permite as pesquisas com células-tronco derivadas de embriões congelados há pelo menos três anos, foi publicada em março de 2005 e logo depois foi questionada no Supremo pelo então procurador-geral da República, Claudio Fonteles. Os cientistas defendem o uso de células-tronco embrionárias com o argumento de que essa modalidade de pesquisa é mais promissora do que a com células-tronco retiradas de pessoas adultas e pode, no futuro, ajudar no tratamento de doenças graves como mal de Parkinson ou distrofias musculares. A geneticista Mayana Zatz conversou com o relator da ação, o ministro Carlos Ayres Britto, que se comprometeu a entregar seu relatório até fevereiro. “Falamos da importância das pesquisas e de votar a ação o mais rápido possível”, afirmou.
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