O maior terminal petrolífero do país, em São Sebastião, marca a paisagem, mas os sinais de hidrocarbonetos na água e nos sedimentos são tão baixos quanto em regiões de intervenções humanas mínimas. Depois de dois anos de coletas e seis de estudo do ecossistema, um grupo de 13 pesquisadores e 27 estudantes de pós-graduação verificou também que a plataforma de São Sebastião, região do litoral norte paulista sujeita às influências da serra do Mar e da ilha de São Sebastião, é uma área de desova para muitas espécies de peixes. O Projeto Oceanografia da Plataforma Interna de São Sebastião (Opiss), agora apresentado no livro Oceanografia de um ecossistema subtropical – Plataforma de São Sebastião, SP (Edusp), ambos coordenados por Ana Maria Pires-Vanin, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), apresenta a ilha de São Sebastião como um acidente geográfico que serve de anteparo ao mar aberto e modifica a circulação de águas e de populações de organismos marinhos rumo ao continente.
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