Além do mosquito-palha, a leishmaniose visceral pode ser transmitida para cães e gatos por parasitas como o carrapato-marrom, Rhipicephalus sanguineus, e a pulga, Ctenocephalides felis felis. Em 2005, uma equipe da Universidade Federal de Minas Gerais apresentou essa possibilidade na revista Veterinary Parasitology, hipótese que agora foi reforçada por uma equipe do Instituto Adolfo Lutz (Parasitology Research, agosto de 2011). Fábio Colombo, do grupo coordenado por Vera Pereira-Chioccola, examinou 73 cães capturados em Mirandópolis, no interior de São Paulo, e constatou que 60 tinham leishmaniose, 40 abrigavam pulgas e quase todos, carrapatos. Segundo análises de DNA, a taxa de infecção pelo protozoário Leishmania, causador da doença, foi de 28% nas pulgas e acima de 50% nos carrapatos. Estudos de RNA indicaram que havia protozoários vivos no interior de ninfas de carrapatos retirados de cães infectados.
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