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Tecnociência

O rateio da energia solar

Entre 2012 e 2013, a energia solar poderá ter preços equivalentes à energia elétrica convencional. O alto preço dos equipamentos é hoje um impedimento para a expansão dos painéis fotovoltaicos normalmente instalados no teto das casas. Um estudo coordenado pelo professor Ricardo Ruther, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fez a simulação de um programa de energia solar para o país e tomou como modelo a cidade de Fortaleza, no Ceará. O trabalho levou em conta preços de equipamentos e impostos e o rateio, por meio de um imposto tarifário, que será diluído entre os consumidores finais. O programa é baseado no modelo alemão em que todos os consumidores rateiam os custos da instalação dos painéis fotovoltaicos. No caso do Brasil, Ruther propõe a exclusão do rateio dos consumidores de baixa renda. De acordo com o estudo, cada unidade consumidora de Fortaleza pagaria na fatura mais R$ 0,28 por mês para o primeiro ano do programa, subindo para R$ 1,51 por mês no décimo ano. A partir daí, o custo declinaria. Assim  seriam gerados 166.200 MWh adicionais ao ano, o que equivale a uma contribuição anual de 0,23% no suprimento residencial. Ao fim de dez anos, o programa contribuiria com 1,6% de eletricidade para a cidade.

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