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O rebrotar, depois do fogo

Eduardo CesarChapada Diamantina: renascer contínuoEduardo Cesar

Como as plantas se recuperam do fogo? Com essa pergunta, Sâmia Paula Santos Neves, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), examinou os efeitos da queimada de outubro de 2005 sobre a vegetação de campo rupestre em uma área no Parque Nacional da Chapada Diamantina, no município de Lençóis, Bahia. Alvo frequente de incêndios muitas vezes provocados, a Chapada Diamantina é uma região montanhosa que abriga tipos peculiares de florestas, caatingas, cerrados e campos rupestres. As espécies dominantes de plantas reapareceram a partir de gemas subterrâneas ou aéreas protegidas do fogo por várias folhas sobrepostas, como pétalas de rosa. Outras, como a Dactylaena microphylla, brotaram de sementes, de acordo com Sâmia e Abel Augusto Conceição, também da UEFS (Acta Botanica Brasilica, dezembro). As plantas que brotaram de sementes nos espaços abertos pelo fogo ampliaram a diversidade, enquanto espécies exclusivas da Chapada Diamantina sensíveis ao fogo, como Vellozia punctulata, sobreviveram por estarem em ilhas de vegetação isoladas por superfícies rochosas.

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