O astrônomo italiano Galileu Galilei (1564-1642), perseguido pela Inquisição católica ao proclamar que a Terra não era o centro do Universo, nem sequer do Sistema Solar, ganhará uma estátua de mármore e tamanho natural nos limites do Vaticano. A obra ficará no alto da colina que aponta para a cúpula da Basílica de São Pedro. A homenagem é organizada pela Academia Pontifícia de Ciências, que teve Galileu em seus quadros até que ele, com a ajuda de telescópio revolucionário para a época, confirmou a teoria do polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) sobre a rotação da Terra em torno do Sol. Galileu foi condenado pelos inquisidores em 1633 e se viu obrigado a renegar seu achado para escapar da morte na fogueira. Em 1992, o papa João Paulo II reabilitou oficialmente o cientista, ao cabo de um processo de investigação que demorou 13 anos para ser concluído. Segundo a agência de notícias Ansa, uma fonte da Santa Sé classificou a iniciativa como “uma nova prova de que a Igreja não tem nada contra a ciência”.
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