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Astronomia

Ondas de plasma mais altas que o Sol

MACLEOD, M. e LOEB, A. Nature Astronomy. 2023Representação do movimento das estrelas e dos detritos lançados para fora de uma das estrelasMACLEOD, M. e LOEB, A. Nature Astronomy. 2023

Aproximadamente a cada 33 dias, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia que orbita a Via Láctea, duas estrelas a cerca de 160 mil anos-luz da Terra passam perto uma da outra. Nesses momentos, o brilho da estrela maior, com 35 vezes a massa do Sol, varia muito (a outra estrela do sistema conhecido como Macho 80.7443.1718 tem pelo menos 10 massas solares). Por meio de simulação computacional, uma equipe do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, dos Estados Unidos, descobriu a provável causa da perda do brilho: a proximidade das estrelas faz com que as forças gravitacionais aumentem as marés no plasma nas superfícies de ambas as estrelas, da mesma forma que a Lua puxa os oceanos da Terra (plasma é um estado da matéria similar ao gás, em temperaturas muito altas). Formam-se ondas de plasma cuja altura pode chegar a 3,3 milhões de quilômetros, o equivalente a 2,4 vezes o diâmetro do Sol. Ao se quebrar sobre a superfície da estrela maior, as ondas geram detritos, lançados para a atmosfera, fazendo com que as órbitas das estrelas encolham (Nature Astronomy, 10 de agosto; ScienceNews, 21 de agosto).

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