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Covid-19

Os gastos com saúde dos mais pobres

A pandemia deve interromper o avanço rumo à cobertura universal de saúde alcançado em diversos países nas últimas duas décadas, segundo relatório apresentado em 12 de dezembro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Banco Mundial. Em 2019, antes da pandemia, 68% da população mundial tinha acesso a serviços essenciais de saúde, como atendimento pré e pós-natal e de saúde reprodutiva, imunização, tratamento de doenças infecciosas e diagnóstico de doenças não transmissíveis (câncer, diabetes e problemas cardíacos). De 2000 a 2017, caiu de 1,16 bilhão para 505 milhões o número de pessoas vivendo na extrema pobreza (com menos de US$ 1,90 por dia) que tinham de pagar para ter acesso a serviços de saúde. Apesar da melhora, esse tipo de gasto ainda consumia em 2017 mais de 10% do orçamento familiar de 996 milhões de indivíduos. Como a pandemia de Covid-19 afetou serviços de saúde, a OMS e o Banco Mundial estimam que mais de meio bilhão de pessoas estejam sendo empurradas para a linha da extrema pobreza porque têm de pagar para ter acesso à saúde.

500 milhões é o número aproximado de pessoas que estariam sendo empurradas para a linha da extrema pobreza por causa de gastos com saúde
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