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China

Os mais fracos perecem

laurabeatrizO governo da China anunciou que milhares de revistas científicas de baixa qualidade do país deverão desaparecer. Segundo Li Dongdong, vice-ministra e diretora da agência que controla as publicações do país, um processo de avaliação irá classificar os atuais 5 mil títulos de acordo com a originalidade e o impacto internacional de seus artigos. Os bem avaliados vão receber incentivos fiscais. Já os de baixa reputação serão forçados a fechar as portas, embora, em alguns casos, exista a opção de serem relançados com um novo conselho editorial e com um título diferente. A meta é reduzir o número de revistas e concentrar as remanescentes em poucos grupos editoriais capazes de competir entre si. “A China quer ser uma potência em publicações científicas, não um país com uma quantidade enorme de revistas sem reconhecimento”, afirmou Li, segundo a revista Nature. Estima-se que uma em cada três revistas exista apenas para ajudar estudantes e professores a acumular o número de artigos exigido para avançar na carreira. A originalidade é outro problema. Um estudo mostrou que 31% dos artigos submetidos ao Journal of Zhejiang University–Science continham material plagiado. A preocupação com o impacto não é nova. Já há 200 revistas sediadas na China que são publicadas em inglês, numa estratégia para aumentar a repercussão de seus artigos.

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