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Tecnociência

Os novos produtos do Butantan

O Instituto Butantan concluiu o desenvolvimento em tempo relativamente curto e deve iniciar em novembro a produção nacional de dois novos medicamentos, em laboratórios recém-inaugurados, construídos com financiamento da FAPESP, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Fundação Butantan. Um deles é a eritropoietina, hormônio que induz à produção de glóbulos vermelhos, cujo desenvolvimento, que custou até dez anos de trabalho em outros países, tomou apenas quatro no Butantan, segundo o diretor da instituição, Isaís Raw.

O outro, o surfactante pulmonar, utilizado em recém-nascidos prematuros que possam apresentar dificuldades para expandir os alvéolos pulmonares, foi “um acontecimento”. “Toda idéia que jamais tinha sido aplicada dava certo, logo na primeira vez”, diz ele. Construída em um ano, a planta piloto apresentou um rendimento surpreendente, a ponto de permitir, ela própria, o atendimento da demanda prevista, estimada em 216 mil doses, suficiente para cerca de 54 mil tratamentos. Raw atribui o resultado à integração da equipe do Centro de Biotecnologia, com 25 doutores que se especializaram em áreas complementares, como a produção de vacinas, cultura de células e processos de purificação. “Quando vamos começar um trabalho, metade do caminho já está andado”, diz Raw.

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