Um fóssil do bípede Macrocollum itaquii, ancestral dos dinossauros de pescoço longo, que viveu há cerca de 225 milhões de anos onde hoje é o Rio Grande do Sul, ajuda a explicar como esses animais se tornaram gigantes, passando dos 30 metros (m) de comprimento. Análises de tomografia computadorizada mostraram que M. itaquii tinha espaços ocos nos ossos do pescoço e das costas, a partir dos quais se formaram os sacos aéreos, semelhantes aos encontrados hoje nos pássaros. Essa característica, portanto, parece ser mais antiga do que se supunha. “Macrocollum foi o maior dinossauro de seu tempo, com cerca de 3 m. Poucos milhões de anos antes, a maior parte dos primeiros dinossauros tinha em torno de 1 m. Os sacos aéreos facilitaram esse aumento de tamanho ao longo da linhagem evolutiva”, disse à Agência FAPESP o paleontólogo Tito Aureliano, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), à frente do estudo que levou a essas conclusões. Evidências anteriores indicavam que os sacos aéreos só teriam surgido bem depois de Macrocollum, há cerca de 190 milhões de anos (The Anatomical Record, março).
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