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Tecnociência

Outra origem da leucemia infantil

A leucemia infantil marcada pela proliferação de formas imaturas do linfócito T – responsável por 15% dos casos de leucemia linfoide aguda, o câncer infantil mais comum – parecia até recentemente ser provocada por mutações no gene supressor de tumores PTEN, frequentes em outros tipos de câncer. Cópias alteradas do gene levariam à formação de proteínas defeituosas, incapazes de contrabalançar a atividade de outra proteína – a PI3K. Sem esse controle, as células passariam a proliferar indefinidamente. A explicação surgira após a análise de células de leucemia mantidas in vitro. Mas agora uma equipe internacional que inclui pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Centro Infantil Boldrini, também em Campinas, demonstrou que na maior parte dos casos a origem do problema não está no gene da proteína PTEN. José Andrés Yunes e Patrícia Jotta, do Centro Boldrini, e Alexandre Nowill, da Unicamp, analisaram linfócitos de 30 pacientes e constataram que em nove de cada dez casos o problema está numa terceira proteína, a CK2, que, produzida em excesso, inibe a ação da PTEN (Journal of Clinical Investigation). “Essa descoberta abre caminho para testar novas drogas contra essa forma de câncer”, diz Yunes.

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