A procura por produtos alimentícios orgânicos que não recebem pesticidas e herbicidas e privilegiam os adubos naturais chegou até os vinhos. A tendência, que já corresponde a 3% da produção mundial com mais de duas mil marcas, está aumentando na América Latina. Depois das Vinícolas Santa Julia, na Argentina, com o vinho Vida Orgânica, Velho Museu, no Brasil, com o Cabernet Sauvignon Juan Carrau e Viña Carmem, no Chile, com o Nativa, chegou a vez da também chilena Viña Cono Sur.
Até o final do ano, a empresa colocará à venda o primeiro lote desse tipo de vinho, que será uma mistura de uvas Cabernet Sauvignon e Merlot. Para a empresa, o manejo integrado é uma opção permanente para garantir as soluções naturais e o uso mínimo ou nulo de produtos sintéticos. Por isso, tudo é reaproveitado, desde a água até outros rejeitos como os restos da vinificação (cascas principalmente) que são usados como adubo. Fungos inertes às videiras são usados para matar fungos e insetos inimigos.
A maior novidade no vinhedo da Cono Sur são os habitantes que passeiam por entre as fileiras de parras: ovelhas, gansos, patos e perus. Além de dissiparem seus rejeitos que funcionam como fertilizantes naturais para a plantação, eles também se alimentam dos insetos. O vinho orgânico vai seguir os preços baixos dessa bebida no Chile. Cada garrafa vai custar algo em torno de R$ 17,00.
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