A presença de árvores não é uniforme pelo mundo. Estudos recentes mostraram que florestas úmidas sul-americanas têm quase quatro vezes mais espécies do que as matas correspondentes na África.
No leste e no nordeste da Amazônia, elas podem chegar à altura de um prédio de 30 andares. O funcionamento hidráulico dessas gigantes é delicado, e pode falhar quando os períodos de estiagem se alongam ou se sucedem.
As mudanças do clima, assim, podem causar alterações importantes, por mecanismos diversos. Quanto mais calor e mais estiagens, menos as árvores crescem. Além disso, na Amazônia elas perdem mais folhas quando as temperaturas são muito altas, o que prejudica a estratificação da floresta – na qual o dossel protege as camadas de baixo, mantendo o ambiente fresco e propício ao crescimento das plantas e à vida animal.
As árvores tornam a experiência urbana muito mais agradável: proporcionam sombra, amenizam a temperatura, melhoram a qualidade do ar e ajudam a reter chuvas e evitar enxurradas. Zelar pela saúde delas é, portanto, crucial. O ideal é sempre escolher entre as espécies adaptadas à região em vez plantar espécies exóticas, como indicou estudo sobre a Amazônia.
A extração ilegal de madeira das florestas é facilitada por fraudes de diversos tipos. O problema pode ser enfrentado com tecnologias específicas para rastreio da madeira.
As associações entre árvores e pessoas vêm de longe. Na Amazônia, há milhares de anos povos pré-colombianos manejavam espécies usadas na alimentação, atividade que hoje se reflete na configuração da floresta. No sul do país as araucárias, usadas por povos pré-colombianos do tronco Jê para consumo do pinhão, aparecem até em desenhos rupestres em sítio pré-histórico. Outros estudos já indicaram que o manejo dessas árvores por seres humanos evitou a sua extinção.
Republicar