Um artigo mostrando uma forte ação do parasiticida ivermectina na inativação do vírus Sars-CoV-2 em células in vitro, na edição de junho da revista Antiviral Research, levou médicos de todo o mundo a receitarem o medicamento para combater e prevenir a Covid-19. Diante desse quadro, pesquisadores não envolvidos no estudo escreveram cartas ao periódico científico ressaltando que as doses suficientes para atingir concentrações terapêuticas do fármaco nas células do pulmão seriam muito superiores à considerada segura. Os biólogos moleculares David Jans e Kylie Wagstaff, da Universidade Monash, na Austrália, e coautores do estudo original, responderam em concordância, alertando para os riscos de efeitos colaterais importantes, inclusive imunossupressores, e a necessidade de se fazer ensaios clínicos com atenção ao bem-estar dos pacientes.
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