As vantagens do resveratrol, uma substância encontrada no vinho tinto e no suco de uva e apontada em estudos científicos como auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares, neurológicas e endócrinas, poderão ser encontradas em medicamentos se for concluída com sucesso uma parceria entre a Eurofarma, indústria farmacêutica brasileira, e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). A equipe liderada pelo professor André Souto, da Faculdade de Química, licenciou, por meio do Escritório de Transferência de Tecnologia da universidade, duas patentes para a empresa. Uma trata da descoberta do resveratrol na raiz de uma planta chamada de azeda, que possui maior quantidade da substância que o vinho e cujo nome científico os pesquisadores preferem não revelar. A outra trata da tecnologia de retenção do resveratrol no organismo porque ele é facilmente eliminado. “O resveratrol atua no sistema das sirtuínas, enzimas que promovem o equilíbrio do sistema celular, e ele só atua quando a célula está com problemas”, diz Souto. Isso poderá reverter problemas de envelhecimento e diabetes, inicialmente. Com o medicamento, previsto para 2013, ficará mais fácil absorver essa substância porque são necessárias várias taças de vinho ou de suco para se obter uma boa quantidade de resveratrol.
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