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Boas práticas

Parcerias contra má conduta

Daniel BuenoUm documento lançado pelo Committee on Publication Ethics (Cope), com sede no Reino Unido, estabeleceu diretrizes para estimular a cooperação entre instituições de pesquisa e revistas científicas na investigação de casos de má conduta e também 
na promoção de boas práticas entre cientistas e editores (quadro abaixo). O Cope é um fórum de revistas científicas que congrega mais de 7 mil membros em vários países em todos os campos 
do conhecimento. As revistas das principais editoras, como 
a Elsevier, a Springer e a Palgrave Macmillan, seguem suas recomendações.

“As instituições e as revistas têm deveres no combate às más condutas”, diz Elizabeth Wagner, presidente do Cope. “É importante que se comuniquem e colaborem de forma eficaz”, afirma. A ideia corrobora o Código de boas práticas científicas lançado pela FAPESP em 2011, segundo o qual a responsabilidade principal pela integridade é das instituições, mas os periódicos são corresponsáveis, nos limites de sua atuação.

No caso das revistas, recomenda-se que tenham políticas claras para tratar casos suspeitos e estejam prontas 
a responder às indagações de instituições e outras organizações encarregadas de promover investigações. Já as instituições devem encorajar seus pesquisadores a informar às revistas se forem descobertos erros em trabalhos publicados. Também devem oferecer treinamento sobre boas práticas em seus programas de educação em integridade científica.

Embora tenha se debruçado sobre regras para investigar suspeitas, o documento enfatiza que as tarefas de educar os pesquisadores, de promover boas práticas e de criar estratégias de prevenção são igualmente importantes. “Idealmente, as políticas de revistas e 
de instituições devem cobrir todos esses aspectos”, ressalta o documento. O texto reconhece que outros atores, principalmente as agências financiadoras, têm um papel importante na promoção da integridade científica e devem ser informados sobre casos de má conduta relacionados a projetos que patrocinaram. “Esperamos que as diretrizes ajudem os financiadores a desenvolver suas políticas acerca de integridade científica, em colaboração com pesquisadores e editores.”

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