A Universidade Emory, na cidade de Atlanta, dos Estados Unidos, chegou a um acordo com o Ministério da Cultura da Grécia para devolver três artefatos da coleção do Museu Michael C. Carlos, vinculado à instituição. Um dos objetos é uma estátua de mármore de uma deusa, adquirida pelo museu em 2002 de um colecionador nova-iorquino, mas que foi encontrada em escavações irregulares realizadas na década de 1990 e exportada ilegalmente. Outro artefato é uma banheira, também adquirida em 2002, que o museu acreditava pertencer a um colecionador desde a década de 1960, mas que foi levada aos Estados Unidos pelo traficante de antiguidades Gianfranco Becchina, condenado em 2017 na Grécia. O terceiro objeto é uma escultura de mármore de uma figura masculina sentada, comprada de um negociante em 2003 e sem procedência conhecida, mas que aparece em fotos de polaroide de uma escavação ilegal na Grécia em 1989. “Estava bem documentado que esses objetos tinham sido exportados ilegalmente da Grécia”, disse Lina Mendoni, ministra da Cultura da Grécia, ao assinar o acordo na universidade norte-americana, de acordo com o site ArtsATL. “Esperamos que outras instituições do exterior sigam o exemplo do Museu Carlos, que procurou resolver o problema por meio do diálogo e do espírito de cooperação”, afirmou. O diretor do museu, Henry Kim, destacou que a devolução dos artefatos pilhados faz parte de um acordo de cooperação, por meio do qual a instituição receberá peças por empréstimo de museus gregos para compor futuras exposições.
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Patrimônio pilhado
Museu de universidade norte-americana devolve três objetos que tinham sido roubados da Grécia