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Tecnociência

Pequenos tubos em silício e carbono

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriram um novo meio de produzir nanofios de silício e nanotubos de carbono no interior das microestruturas em temperatura ambiente (Applied Physics Letters, 24 de junho). Esses nanomateriais são filamentos ultramicroscópicos que prometem revolucionar a ciência nanotecnológica, permitindo a fabricação de aparelhos que vão de ultra-sensíveis detectores de vírus no organismo humano a sofisticados sensores óptico-eletrônicos.

O processo de produção é feito a temperaturas que variam de 600° C a 1.000° C. Em uma pastilha de silício de 1 centímetro quadrado coberta com fina camada metálica provoca-se uma reação química, gerando bilhões de precipitações de nanotubos ou nanofios. A etapa mais difícil é manipulá-los e montá-los em uma placa de circuito eletrônico. Esse desafio foi vencido com a criação dos nanomateriais diretamente nos circuitos das placas.

E o problema passou a ser outro: como produzi-los a altas temperaturas sem danificar sensíveis componentes microeletrônicos a uma distância de um décimo da espessura de um fio de cabelo. “Como na resistência de uma torradeira”, responde Ongi Englander, coordenador da pesquisa. “A corrente passa por dentro do componente para gerar calor.” Dirigindo a corrente para os locais em que queriam criar os nanotubos ou nanofios, os pesquisadores conseguiram aquecer uma área a 700° C, enquanto ao redor tudo se mantinha em confortáveis 25° C.

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