Faltam pesquisadores na área ambiental na República Democrática do Congo. Para especialistas, isso representa uma ameaça à permanência no longo prazo da floresta da bacia do rio Congo, a segunda maior do mundo, que abriga centenas de espécies de mamíferos e mais de 10 mil de plantas tropicais, um terço delas restrito à região. Sua capacidade de reter carbono pode ser mais alta que a da floresta amazônica. Poucos pesquisadores congoleses publicam artigos em periódicos científicos internacionais – entre eles Bila-Isia Inogwabini, afiliado à Universidade de Uppsala, na Suécia, que fundou um Departamento de Ambiente e Gerenciamento de Recursos Naturais na Universidade Católica do Congo. Em 2023 teve início um projeto – ainda em estágio inicial – inspirado no Programa de Grande Escala da Biosfera-atmosfera (LBA), liderado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Maior do que o desafio de conseguir financiamento é o de inspirar e manter pesquisadores, com recursos de subsistência durante a formação e perspectiva de contratação para trabalhar no país (reportagem Science, 3 de outubro).
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