Imprimir PDF Republicar

Inovação Tecnológica

Pesquisadores vão ao campo para coletar dados

Durante dois anos, pesquisadores da subárea de Termobacteriologia da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp acompanharam as safras de tomate – a hortaliça mais processada industrialmente no Brasil -, nos pólos produtores de São Paulo e Goiás.

Inicialmente, foi feito um levantamento da ocorrência de bolores comuns e termoresistentes e também de bactérias causadoras de acidez plana e actinomicetos (microrganismo situado entre a bactéria e o fungo) em cinco momentos distintos da linha de processamento da polpa de tomate. No primeiro ano do projeto, foi feito o levantamento da incidência de fungos resistentes ao calor em uma processadora de tomate situada em São Paulo. As análises foram feitas nos períodos de safra (1996) e entressafra (1997), num total de 14 lotes de amostras. No ano seguinte, o processo foi repetido em Goiás, onde foram analisados 15 lotes.

A seleção das duas regiões de produção foi feita para que fosse possível observar a influência das condições climáticas no índice de contaminação do tomate. Verificou-se que o número de bolores termoresistentes isolados foi menor na região subtropical (São Paulo) do que na região seca e quente (Goiás). No entanto, dentro da mesma espécie, os fungos isolados na região subtropical eram mais resistentes ao calor. No período da safra que ocorre entre julho e novembro, os meses de maior contaminação foram outubro e novembro, justamente os mais quentes.

A amostragem e as análises foram realizadas sempre nas 24 horas seguintes à colheita. Para isso, o material era transportado por via aérea para o laboratório. Os pontos críticos de amostragem foram selecionados após visitas às indústrias envolvidas no projeto. Os fungos termoresistentes isolados durante o processo foram codificados, estocados e, posteriormente, selecionados e identificados.

Republicar