Em novembro foi assinado um acordo internacional que permitirá a continuidade da operação do Observatório Pierre Auger até 2025. A assinatura do documento ocorreu em um simpósio na cidade de Malargüe, Argentina, que reuniu pesquisadores e representantes das agências de financiamento à pesquisa dos vários países-membros do consórcio responsável pela construção e funcionamento do observatório. O Pierre Auger reúne mais de 500 cientistas de 16 países e funciona desde 1998 em Malargüe com o propósito de investigar a origem e a natureza dos raios cósmicos, as partículas mais energéticas do Universo, com energia algumas ordens de grandeza maior do que as que podem ser alcançadas no Grande Colisor de Hádrons do Cern, na Europa. O acordo prevê avanços na capacidade dos 1.660 detectores de superfície (reservatórios de água sensíveis à luz Cherenkov gerada pelo chuveiro de partículas produzidas pela colisão dos raios cósmicos com a atmosfera) com o acréscimo de detectores de luz de cintilação e a construção de outros detectores para diferenciar os componentes do chuveiro de partículas vindo do espaço. Os pesquisadores brasileiros participam desse trabalho desde 1998 com apoio da FAPESP, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
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