O pó de serra, resíduo do corte da madeira descartado em grande quantidade no Brasil, ganhou novas aplicações. Um novo composto, constituído por 55% de pó de serra, 35% de polipropileno (resina plástica) e 6% de aditivos diversos, foi desenvolvido na Faculdade de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI), de São Bernardo do Campo. O produto pode substituir a madeira em diversas aplicações, principalmente em locais expostos à ação do sol e da chuva, como janelas, portas, andaimes e pisos utilizados em volta das piscinas.
A resistência e a composição ideal do material foram testadas em parceria com a empresa Polibrasil, de São Paulo, maior fabricante brasileira de polipropileno. “Fizemos um estudo estatístico, que levou em conta as propriedades mecânicas e o custo, para obter a melhor formulação para o nosso produto”, relata Antônio Franco, que participou do projeto coordenado pelo professor Arthur Tamasauskas. Além da formulação ideal, durante a pesquisa os participantes também fizeram adaptações nas máquinas extrusoras de plástico existentes no mercado para viabilizar o processo de obtenção do novo produto. “Projetamos um novo tipo de resfriador, que funciona a seco, porque a madeira absorve água”, conta Franco.
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