O Ministério do Meio Ambiente anunciou a criação de cinco novas unidades de conservação na Amazônia, num total de mais de 5 milhões de hectares, área semelhante à do Estado do Rio Grande do Norte. Duas delas ficam no Pará, numa reação aos desmatamentos no estado dias após o assassinato da freira Dorothy Stang numa região de conflito fundiário. São elas a Estação da Terra do Meio, com quase 3,4 milhões de hectares, e o Parque Nacional da Serra do Pardo, com 445 mil hectares.
As outras áreas são a Reserva Extrativista do Riozinho da Liberdade, no Acre e no Amazonas, com 325 mil hectares, as florestas de Balata-Tufari, no Amazonas, com 802 mil hectares, e de Anauá, em Roraima, com 259 mil hectares. A Estação da Terra do Meio é a segunda maior unidade de conservação do país, atrás do Parque Montanhas do Tumucumaque, no Amapá.
Leva esse nome por ser cercada de terras indígenas que bloquearam o avanço das ocupações vindas do Centro-Oeste. Abrange municípios como Altamira e São Félix do Xingu, atuais fronteiras de desmatamento. A reserva cria um corredor ecológico de 25 milhões de hectares na bacia do rio Xingu, interligando o Cerrado e a Floresta Amazônica por meio de um mosaico de reservas ambientais e indígenas.
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