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Tecnociência

Proteína essencial

Uma proteína essencial para a célula humana, a endooligopeptidase A ou endo A, foi descoberta no início da década de 1970 pelo professor Antonio Carlos Martins de Camargo, coordenador do Centro de Toxinologia Aplicada (CAT), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da FAPESP, no Instituto Butantan. Mas a completa caracterização dessa proteína, que está envolvida em todo o transporte intracelular do sistema nervoso central, com o rearranjo de neurônios e a formação de novas conexões, somente foi feita no final da década de 1990, quando os avanços da biologia molecular permitiram a clonagem e a identificação do gene responsável pela enzima que produzia a endo A no cérebro. Essa proteína tem um papel fundamental para a formação de um complexo protéico responsável pelo deslocamento do núcleo dos novos neurônios que irão formar o córtex cerebral. Quando há qualquer perturbação na formação desse complexo durante a gestação de uma criança ocorre uma doença chamada lissencefalia ou síndrome de Miller-Dieker, que provoca a morte do feto ou gera um bebê com gravíssimo retardo mental. Estudos apontam que a proteína também pode estar relacionada à esquizofrenia. A endo A é uma possível candidata a medicamentos para atuar em processos do sistema nervoso central.

Título: Solicitação da patente da endooligopeptidase A
Inventor: Antonio Carlos Martins de Camargo e Mirian Hayashi
Titularidade: FAPESP/Instituto Butantan

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