Arquivo pessoal
No ano seguinte, ingressou na Perdigão, onde trabalhou no desenvolvimento e na implementação de sistemas computacionais para ajudar a eliminar processos desnecessários que atrapalhavam a tomada de decisão nas áreas comercial, industrial, financeira e administrativa. Anos mais tarde, em 1993, foi para a empresa de revestimentos cerâmicos Cecrisa para desenvolver o plano diretor de tecnologia da informação da companhia, integrando-o ao seu planejamento estratégico.
À medida que o conhecimento nessa área avançava, percebeu que precisava se atualizar. Decidiu voltar para a UFSC e fazer mestrado em 1997. “Estudei o uso de sistemas de inteligência artificial no gerenciamento de múltiplas bases
de dados”, conta. Já no doutorado, iniciado em 1999, investiu na área de comércio eletrônico. “A pós-graduação foi importante para que eu pudesse testar e absorver novos conceitos e avaliar como eles poderiam ser usados em projetos futuros”, explica.
Na mesma época, Jaime participou de um projeto com a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e a Secretaria Estadual de Segurança de São Paulo para desenvolver um sistema de inteligência artificial capaz de integrar informações registradas em ocorrências policiais e gerar grandes quantidades de dados para ajudar a caracterizar operações de organizações criminosas.
A experiência o fez reorientar sua pesquisa de doutorado para uma área hoje conhecida como big data, à época incipiente no país. “O fluxo de dados na internet aumentava de forma exponencial, e ninguém sabia o que fazer com todas aquelas informações. Percebi que havia uma demanda por sistemas que pudessem processá-las de modo a convertê-las em planos de negócio”, explica.
Foi quando surgiu a oportunidade de aproveitar seu conhecimento no segmento comercial. Jaime passou a trabalhar no desenvolvimento de sistemas de coleta, organização e análise de dados com o propósito de oferecer suporte à gestão de negócios. Fundou, então, a Neoway em 2002 com o objetivo de transformar informações corporativas em ferramentas que orientassem a tomada de decisão. “Oferecemos um conjunto de plataformas de coleta, organização e análise de informações de empresas de diversos segmentos”, conta.
O trabalho, segundo ele, consiste em organizar as informações das empresas e complementá-las com dados públicos, de modo a aprimorar o processo de tomada de decisão e orientar seus planos de negócio. A Neoway tem hoje escritórios em Florianópolis, São Paulo e Nova York. “Pretendemos inaugurar mais duas unidades, na Colômbia e no México, ainda este ano”, projeta.
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