Um estudo do pesquisador Joseph DiMasi, da Tufts University, nos Estados Unidos, comprovou que desenvolver novas drogas está cada vez mais caro. Segundo seus cálculos, o custo médio da descoberta de um novo medicamento chegou a US$ 802 milhões em 2001 – era de US$ 231 milhões em 1987. Enquanto o custo total da pesquisa aumentou 7,4% anualmente na década de 90, só os custos clínicos – relacionados aos testes de drogas em seres humanos – aumentaram 12%.
Segundo disse ao jornal The Wall Street Journal o presidente do laboratório Merck, Raymond Gilmartin, o aumento dos custos clínicos deve-se a uma exigência do mercado: os laboratórios estão sendo pressionados a provar o valor das drogas em testes com maior duração e quantidade de participantes. Entidades norte-americanas de defesa do consumidor contestam os resultados de DiMasi. Segundo essas organizações, apenas US$ 403 milhões de seus US$ 802 milhões totais são realmente gastos em pesquisa. O restante é custo estimado de capital investido – ou o retorno de um montante que tivesse sido aplicado a uma taxa de 11%.
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