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Tecnociência

Radioatividade em estações de esgoto

Duas estações de tratamento de esgotos da Sabesp, em Suzano e Barueri, terão à disposição, durante este ano, mais uma alternativa para monitorar o nível de toxicidade de seus efluentes industriais. O Centro de Tecnologia das Radiações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) vai aplicar nessas estações a técnica de traçadores para a determinação do tempo médio de residência ou DTR.

Os traçadores, material radioativo bromo-82 ou iodo-131 em solução aquosa, permitem conhecer a partir da DTR dados importantes sobre o funcionamento do sistema de tratamento, como a existência de zonas de estagnação ou as trajetórias preferenciais numa lagoa de tratamento de efluentes – fenômenos indesejáveis ao sistema. No caso das estações de esgoto de Suzano e Barueri, eles serão aplicados em digestores, tanques fechados das duas estações onde o lodo é transformado em matéria orgânica mineralizada.

Esse lodo é enviado posteriormente para aterros sanitários e tem potencial para ser usado como fertilizante para plantações. O uso dos traçadores auxiliará no controle de eficiência dos processos de tratamento nos digestores. Segundo Pedro Eiti Aoki, do Ipen, “a quantidade de material radioativo aplicado é bem menor do que a concentração máxima permitida, de acordo com as normas vigentes de proteção radiológica, e só pode ser detectada por equipamentos”.

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