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BOAS PRÁTICAS

Ranking de retratações

Grupo da Índia mapeia estudos invalidados assinados por autores dos países do Brics

Uma dupla de pesquisadores de uma universidade indiana, o Instituto de Ciência e Tecnologia SRM, identificou e analisou 11.764 artigos retratados entre 1989 e 2021 assinados por pesquisadores de países do bloco econômico Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A avaliação, publicada na revista Scientometrics, baseou-se em dados da plataforma Scopus e mostra que o Brasil foi o país que menos contribuiu para a lista. Apenas 38 trabalhos científicos retratados, publicados em periódicos ou apresentados em conferências, eram de autoria de brasileiros. Os anos de 2018 e 2020 registraram a maior quantidade de retratações na série histórica brasileira, cada qual com sete artigos. O número é ligeiramente inferior ao obtido pela África do Sul (40 estudos cancelados) e pela Rússia (45), embora esses países tenham produção científica menor do que a brasileira.

A liderança no ranking de retratações é da China, com 11.122 trabalhos cancelados entre 1989 e 2021, seguida pela Índia, com 519 no total. O pior período chinês foi entre 2010 e 2011, com pouco mais de 4 mil estudos cancelados por ano, mas quase a totalidade deles estava em anais de conferências do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) atingidas por uma violação em grande escala no processo de revisão por pares. Em anos mais recentes, a tendência nas retratações de artigos de autores chineses foi de crescimento: em 2021, 620 estudos foram cancelados, ante 166 em 2018.

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