laurabeatrizO tradicional ranking de universidades da Times Higher Education (THE), do jornal londrino The Times, vai promover mudanças em sua metodologia. Uma das queixas recorrentes ao levantamento é o peso conferido às subjetivas pesquisas de reputação, baseadas em questionários com pesquisadores em que eles são convidados a apontar as melhores universidades em cada área do conhecimento. Há críticas em relação à representatividade dos entrevistados – existiria um viés favorável a países anglófonos –, além da suspeita de que nem sempre eles estão bem informados sobre todas as universidades que irão avaliar. Em resposta às reclamações, a THE anunciou que seus dados não serão mais levantados pela empresa londrina QS. No lugar, utilizará dados de um projeto do provedor de informações Thomson Reuters, o Global Institutional Profiles Project, que também inclui pesquisas de reputação, mas se amparará em pelo menos 25 mil questionários, ante os atuais 4 mil. A THE continuará a listar as universidades num diagrama, o que, segundo os críticos, sugere uma falsa precisão e exacerba diferenças às vezes sutis. Mas incluirá mais dados, permitindo que instituições com perfis semelhantes comparem-se umas com as outras. “Nos sentimos na obrigação de aperfeiçoar a metodologia, porque o ranking influencia decisões e políticas”, disse à revista Nature a editora da THE, Ann Mroz.
Republicar