Imprimir PDF Republicar

terremoto

Rastros da catástrofe

Marcello Casal Jr/ABrEscombros de catedral em Porto PríncipeMarcello Casal Jr/ABr

Pesquisadores norte-americanos e franceses programaram visitas ao Haiti nas semanas seguintes ao terremoto de 12 de janeiro em busca de dados que ajudem a explicar o desastre. De acordo com a revista Nature, Eric Calais, geofísico da Universidade Purdue, viajou para o Haiti com o geólogo Paul Mann, da Universidade do Texas, para trabalhar na análise das marcas produzidas pelo sismo, que matou mais de 170 mil pessoas e teve 7 graus de magnitude na escala Richter. Mann descreveu em 1995 a falha geológica de Enriquillo, a origem do sismo. Já Calais divulgou um trabalho em 2008 apontando uma tensão perigosa na falha haitiana, suficiente para produzir um terremoto de 7,2 graus de magnitude. Os dados de campo obtidos pela dupla irão abastecer um modelo que tentará calcular as áreas de maior tensão entre as placas tectônicas e os locais com maior risco de sofrer novos terremotos. Sismólogos das universidades de Nice e Brest, na França, desembarcaram no Haiti com sismógrafos portáteis. Da Universidade de Miami, Tim Dixon e Falk Amelung já estudam dados obtidos por um radar do satélite japonês Advanced Land Observing para detectar deformações da superfície antes do terremoto.

Republicar