
“A maioria dos resultados negativos, contraditórios ou divergentes não é relatada”, escreveu Drucker, que propõe a apresentação desses resultados de testes de forma organizada, no momento em que o artigo é submetido a uma revista. “A transparência pode enquadrar os resultados promissores em um contexto mais amplo e realista.” O pesquisador também sugere que experimentos sejam feitos em diversos modelos animais antes de serem considerados em testes com células e tecidos humanos. Segundo ele, essa estratégia tornaria a pesquisa mais lenta, mas diminuiria a possibilidade de um achado animador revelar-se uma falsa esperança.
As demais recomendações têm caráter mais genérico. Uma delas é organizar painéis de discussão sobre os problemas relacionados à reprodutibilidade de pesquisas em congressos médicos e científicos, que mostrem as experiências recentes de cientistas, agências de financiamento e editores de revistas. “Os problemas mais comuns poderiam ser destacados e novas soluções, propostas”, afirmou Drucker no artigo.
Outra sugestão é exigir que líderes de pesquisa apresentem, nos pedidos de subvenção submetidos a agências, os trabalhos mais citados que já publicaram e deem exemplos de como seus principais resultados foram validados em outros trabalhos. Por fim, Drucker sustenta que pesquisadores deveriam fornecer mais detalhes sobre os experimentos no momento de publicá-los, descrevendo os reagentes e informando sua origem, assim como as linhagens de células e os modelos animais utilizados. Isso facilitaria o trabalho de quem buscasse reproduzir os resultados.
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