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Riscos de cesáreas desnecessárias

Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre saúde materna indicou que o risco de morte é maior para mulheres submetidas a cesárea sem indicações médicas do que para aquelas em que esse procedimento cirúrgico é realmente necessário. As cesáreas devem ser realizadas somente quando há indicação médica, de acordo com o estudo coordenado por Metin Gülmezoglu, do departamento de pesquisa e saúde reprodutiva da OMS, sediada em Genebra, Suíça. Publicado em janeiro na revista Lancet, esse trabalho indicou que o risco de internação era de 6% entre as mulheres submetidas a cesáreas sem indicação médica e de apenas 0,6% nas que fizeram parto normal. Os casos de transfusão de sangue e de bebês prematuros internados em unidades de terapia intensiva também eram mais comuns quando as cesáreas eram eletivas. As cesáreas representaram 27,3% dos 107.950 partos realizados em nove países – Camboja, China, Índia, Japão, Nepal, Filipinas, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã. A OMS recomenda que as cesáreas não ultrapassem 15% do total de partos, por causa da possibilidade de trazer riscos à saúde do bebê e da mãe quando realizadas sem necessidade. Entre os países analisados, a China apresentou a proporção mais alta de cesáreas, com 46,2% do total de partos, seguida pelo Vietnã, com 35,6%.

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