As moscas são acrobatas do ar, capazes de desviar de um mata-moscas ou de uma palmada em frações de segundo. Esses incômodos insetos conseguem ainda executar manobras difíceis, como pousar em flores em movimento em razão da presença de vento nas redondezas. Assim, dotado de todos esses predicados de difícil reprodução no laboratório, seria também o robô miniaturizado criado por Kevin Ma e seus colegas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Eles desenvolveram um robô com o tamanho aproximado de uma mosca que executa proezas aéreas semelhantes às das moscas-domésticas (Science, 3 de maio). Feito de microestruturas de tecido compósito, o robô-mosca bate suas asas, confeccionadas de um material piezoelétrico (que transforma eletricidade em movimento), cerca de 120 vezes por segundo. Os pesquisadores acoplaram seu robô-voador a uma pequena fonte de energia externa e descobriram que o inseto artificial consome cerca de 19 miliwatts de eletricidade durante o voo, aproximadamente o mesmo que uma mosca de tamanho similar gastaria para realizar essa tarefa. O projeto tem como objetivo fornecer uma nova maneira de estudar a mecânica de controle de voo, agora numa escala equivalente à dos menores seres da natureza capazes de alçar voo e de passear pelo ar com extrema desenvoltura. Outra meta do trabalho, de acordo com os pesquisadores, é propiciar subsídios para futuros estudos sobre fontes de energia miniaturizadas, sensores e tecnologias de computação.
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