O candidato brasileiro a astronauta Marcos Pontes amargou uma saia justa em Houston, onde há cinco anos vive e participa de treinamentos para passar uma temporada em órbita na Estação Espacial Internacional. No final de outubro, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, anunciou que está pleiteando junto à China, potência espacial emergente, a participação de um astronauta brasileiro nas futuras missões tripuladas do país. Pontes, por dever de ofício, deu declarações saudando a idéia do ministro.
Acabou interpelado pela Nasa, que acaba de concluir uma longa negociação para manter o Brasil no consórcio da estação, apesar de o país não ter fornecido os equipamentos prometidos. Para os amigos da Nasa, Pontes disse que, de sua parte, os planos não haviam mudado. Dias antes, o presidente da Agência Espacial Brasileira, Luiz Bevilacqua, participou com Pontes nos Estados Unidos de uma reunião com o grupo de planejamento científico da estação. Se os vôos dos ônibus espaciais da Nasa forem retomados em 2004, o brasileiro poderá ir ao espaço em 2006.
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