Novas imagens do rover (veículo robótico) Perseverance da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, mostraram sinais do que poderia ter sido um rio agitado em Marte, mais profundo e mais rápido do que outros já detectados. O rio fazia parte de uma rede de cursos de água que desaguava na cratera Jezero, que o rover explora há mais de dois anos. Mosaicos feitos com centenas de imagens capturadas pelo rover sugerem que a água fluía em um grande sistema fluvial, identificado por grãos de sedimentos grosseiros e pedras. As camadas curvas, possivelmente formadas pela água, que devem ter sido mais altas no passado, aparecem dispostas em fileiras que se espalham pela paisagem. Elas podem ser os restos das margens de um rio que mudaram com o tempo ou de bancos de areia que se formaram no rio. Os cientistas suspeitam que as pilhas de sedimentos, depois de se transformarem em rocha, foram sopradas pelo vento e esculpidas até o tamanho atual. Para entender melhor os possíveis ambientes aquáticos de Marte, as equipes da Nasa estão também observando abaixo da superfície, usando o instrumento de radar de penetração no solo no Perseverance chamado Rimfax, abreviação de Radar Imager for Mars’ Subsurface Experiment (Nasa News, 11 de maio).
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