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MEIO AMBIENTE

SinBiota subsidiará políticas públicas

Sistema permitirá prever impacto de mudanças na biodiversidade

O Sistema de Informação Ambiental (SinBiota) reúne e integra as informações produzidas pelos pesquisadores dos projetos vinculados ao Programa Biota-FAPESP, permitindo a distribuição das espécies catalogadas sobre uma base cartográfica digital de qualidade. Essa base cartográfica está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Instituto Florestal.

Ali ficarão armazenados mapas do Estado de São Paulo sobre relevo, rede de drenagem, vegetação e clima em escala 1:50.000 e das Unidades de Conservação em escala 1:10.000. A interligação do Banco de Dados do Programa e a base cartográfica permitirá ao usuário visualizar a distribuição geográfica dos pontos de coleta de uma ou mais espécie. Todas essas informações estarão disponíveis para o público na Internet, a partir do mês de março, no endereço sinbiota.biota.org.br.

Em parceria com a Universidade do Kansas, responsável pelo projeto Species Analyst, que estuda a biodiversidade na América do Norte e Brasil, o SinBiota está desenvolvendo ferramentas que permitirão a elaboração de modelos de distribuição das espécies. O sistema usa algorítmos genéricos que analisam pontos como clima, solo, etc., de forma a construir o modelo do nicho em que se desenvolve determinada espécie. “A partir disso, o sistema procura nichos semelhantes, possibilitando apontar as áreas onde determinados vírus, vegetais ou animais têm possibilidade de se desenvolver”, diz Carlos Alfredo Joly, coordenador do Programa Biota e do SinBiota.

“Com isso, poderemos antecipar, por exemplo, os efeitos de uma mudança climática sobre o desenvolvimento desta espécie.” O monitoramento dos 168 grupos taxonômicos existentes no Estado será uma ferramenta fundamental para a definição de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade e definição de políticas públicas ambientais.

O sistema de informações que está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade do Kansas é um projeto para a Internet 2. “Exige a análise on-line e consulta a acervos nos Estados Unidos”, justifica Joly. O SinBiota, ele compara, representa gigabytes (um bilhão de bytes) de informações. “Quando o programa integrar o Species Analyst, e reunir informações de herbários, museus, etc., o volume de informações chegará a terabytes (um trilhão de bytes).”

Atualização de dados
SinBiota utiliza sistema de gerenciamento de banco de dados relacionais e comerciais (SGBD Oracle), que armazena informações sobre as coletas e os metadados, por meio de linguagem Perl, protocolo HTML, utilizando tecnologia CGI. O sistema tem capacidade para armazenar informações sobre 168 grupos diferentes, de vírus a plantas e animais superiores. Outro diferencial do projeto é que os pesquisadores podem alimentar o banco de dados com informações via Internet, o que permite maior rapidez na atualização das informações.

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