Entre 2001 e 2022, o cultivo ilegal de soja em terras indígenas da região Sul do país aumentou, em média, em 116%. O pico foi em 2019, quando a média esteve 177% acima do valor de referência, de 2001. A conclusão é de um estudo feito pelo antropólogo Felipe Kamaroski, da Associação Brasileira de Antropologia, em Brasília, e pelo biólogo brasileiro Juliano Morimoto, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, e do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir da análise de dados disponíveis publicamente na plataforma on-line Global Forest Watch. O aumento mais marcante se deu no Paraná (127%), seguido por Santa Catarina (121%) e Rio Grande do Sul (106%), onde foram identificados territórios com mais de 60% da área coberta com os cultivos de soja. Os pesquisadores alertam para a necessidade de encontrar formas de reduzir as invasões de terra, garantir a soberania das populações tradicionais e preservar o ambiente natural (Sustainability, 6 de novembro).
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