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Estratégias

Sucessão na academia russa

Vladimir Fortov: combate à burocracia

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A Academia de Ciências da Rússia, à qual estão vinculados 45 mil cientistas em 436 institutos de pesquisa espalhados pelo país, tem um novo presidente: o físico Vladimir Fortov, que dirigia o Joint Institute for High Temperatures. Ele substitui o matemático Yuri Osipov, 76 anos, que comandava a academia desde o colapso da União Soviética, em 1991. Eleito com 60% dos 1.313 votos, Fortov promete reduzir o poder dos dirigentes da academia e dos institutos, permitindo que permaneçam nos cargos por no máximo dois mandatos de cinco anos, e estabelecer laços mais fortes com o setor privado. “A academia deve ser mais ativa e ter um papel mais agressivo, precisa gerar ideias”, disse o novo presidente, segundo a agência RIA Novosti. Mas o ponto principal de sua plataforma, convergente com a dos outros dois candidatos, o Nobel de Física Zhores Alferov e o economista Aleksander Nekipelov, é a redução da burocracia na ciência russa. “Estamos sufocados com a quantidade de documentos, relatórios e notas sem nenhum sentido, que excedem todos os limites da lógica”, afirmou o novo presidente, em resposta às críticas de que a academia se tornou ineficiente e deveria ser dissolvida.

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