A cola que a bactéria Caulobacter crescentus, encontrada em rios, córregos e galerias, produz para se agarrar a tubulações e cascos de navios está sendo considerada o mais forte adesivo natural conhecido pela ciência. Um dos primeiros microorganismos a aparecer em materiais submersos em água, resistente até mesmo a jatos de água de alta pressão, a bactéria é tão forte que é capaz de resistir, sem se desprender, a uma força equivalente ao peso de quatro carros pendurados. Se for encontrado um caminho para produzir em larga escala o material, ele poderá ser usado em colas cirúrgicas mais eficazes que as atuais, principalmente considerando que o adesivo da bactéria atua com bastante eficiência em superfícies molhadas. Além da medicina, ela também seria de grande utilidade na tecnologia marinha e em outras aplicações. A força de adesão da C. crescentus foi calculada por pesquisadores das universidades de Brown e Indiana, nos Estados Unidos, por meio de uma técnica de micromanipulação. O resultado do teste de adesão entre a bactéria e um substrato utilizado foi superior a 68 newtons (N) por milímetro quadrado. Os superadesivos comerciais ficam na faixa dos 25 N por mm.
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