Daqui a alguns anos, as pessoas poderão contar com um item inusitado para monitorar sua saúde: roupas inteligentes (e confortáveis), dotadas de biossensores, vão fornecer informações instantâneas sobre os principais sinais vitais de seus usuários. Pelo menos essa é a ideia que move a equipe do engenheiro químico Nicholas Kotov, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, que desenvolveu um tecido feito com fios de algodão revestidos com nanotubos de carbono, peças formadas por folhas de carbono com espessura de um átomo, e polímeros condutores de eletricidade. Segundo seus criadores, que publicaram um artigo na edição on-line da revista científica Nano Letters descrevendo o trabalho, o biossensor pode ser programado para desempenhar várias funções. No artigo, os pesquisadores descrevem os fios de algodão cobertos com nanotubos que podem, inclusive, emitir luz por meio de um LED, diodo emissor de luz, e detectar sangue humano. Não se trata do primeiro tecido desse tipo. Sua vantagem, diz Kotov, é ser leve e não enferrujar, um diferencial em relação a outras roupas feitas com fios metálicos.
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