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Ambiente

Terras indígenas absorvem mais carbono

Indígena pesca em área preservada na região central da Amazônia

Luoman / Getty Images

Entre 2001 e 2021, as florestas manejadas por povos indígenas da Amazônia foram responsáveis pela remoção de 340 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera por ano, o equivalente às emissões anuais de combustíveis fósseis do Reino Unido. Fora das áreas ocupadas pelos povos originários, a floresta se comportou no mesmo período como uma fonte líquida de carbono: emitiu 1,3 bilhão de toneladas de CO2 por ano, devido à perda florestal, e removeu cerca de 1 bilhão de toneladas de CO2 por ano. Os dados foram publicados no início de janeiro e estão em análise do World Resources Institute (WRI). De acordo com a publicação, o desmatamento de 20% da Amazônia pode levar a um ponto de inflexão e transformar parte da floresta em savana, alterando o padrão de chuvas em toda a América do Sul. Segundo estimativa da WRI, nos últimos 50 anos, cerca de 17% da cobertura vegetal amazônica foi derrubada, a maior parte (por volta de 80%) convertida em terras de uso agrícola. Estima-se que quase 1,5 milhão de indivíduos de 385 grupos étnicos indígenas residam na Amazônia, que se distribui por partes da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

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