Seis sismólogos e um funcionário do governo devem ir a julgamento na Itália sob a acusação de serem os responsáveis pela morte de algumas das 309 pessoas que perderam a vida no terremoto da cidade de Áquila em 6 de abril de 2009. Se condenados, podem ter de cumprir uma pena de até 12 anos de prisão (Nature, 1º de junho). Os sete acusados eram os responsáveis por delimitar os riscos de uma crescente atividade sísmica na região de Áquila. Em uma entrevista coletiva uma semana antes do terremoto, alguns deles afirmaram que os moradores locais não estavam em perigo. Depois do terremoto, muitos dos parentes das vítimas disseram que eles não se precaveram contra os tremores, deixando suas casas, por causa das afirmações dos cientistas. O procurador de Áquila, Fabio Picuti, argumentou que os especialistas, mesmo que não pudessem prever exatamente quando o terremoto poderia ocorrer, deveriam ter apresentado as incertezas científicas mais abertamente. Picuti acredita que os outros membros do comitê de prevenção contra terremotos são igualmente culpados, por não terem desfeito a convicção de que não havia riscos de um intenso tremor devastar a cidade.
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